Alguns conceitos importantes para se saber: espécie, especiação e população
Espécie:
Nos últimos séculos, o conceito de espécie tem mudado muito, partindo de um conceito morfológico (aparência), até chegar em alguns mais elaborados. Hoje em dia, existem mais de 25 conceitos, todos com alguma limitação.
Até o momento, o conceito mais utilizado é o do biólogo Ernst Mayr, 1942. “espécies são agrupamentos de populações naturais intercruzantes, reprodutivamente isoladas de outros grupos semelhantes”.
Entretanto, apresenta algumas falhas:
1) Não leva em conta a reprodução assexuada de bactérias, moluscos, artrópodes, peixes, répteis e plantas, que não se enquadram nesse conceito, uma vez que não possuem isolamento reprodutivo.
2) A formação de híbridos, que são eventos raros, como o caso de jumentos e éguas, que geram mulas, descendentes estéreis.
Especiação:
Especiação é o nome dado ao processo que leva a formação de novas espécies a partir de um ancestral comum. Isso ocorre em virtude das incompatibilidades surgidas nos genomas de populações diferentes de uma mesma espécie que ocasionam o isolamento reprodutivo e, consequentemente surgem outras espécies.
Assim como o conceito de espécie, há vários de especiação. Os mais diluídos se baseiam no conceito de espécie também mais aceito- biológico – que focam nas barreiras reprodutivas. São eles:
1) Alopátricas- há uma grande barreira física (montanha, deserto, etc) ou grande distância que impede o contato no que antes era só uma população, nesse caso, aconteceu um isolamento geográfico. Essa separação impede indivíduos de acasalar, levando uma diminuição do fluxo gênico.
2) Peripátrica- um tipo especial de especificação alopátrica. Ocorre quando um pequeno grupo se separa de original, acontece mais rápido graças a ação da deriva genética. Pelo número reduzido, geralmente o resultado é a extinção.
3) Simpátrica- não há separação geográfica. Nesse caso duas espécies vivem no mesmo local, mas há uma barreira no cruzamento. É comum que alguma modificação genética impede o cruzamento, gerando as diferenças que levarão a especificação. É mais comum em plantas, quando acidentes na meiose resultam em um ou mais conjuntos extras de cromossomos. Em animais é ainda mais raro.
4) Parapátrica- também não há barreira geográfica. Há mais de uma espécie dividindo território, mas que são ecologicamente distintos, dessa forma pode haver cruzamento, surgindo os híbridos. A zona híbrida pode funcionar como barreira ao fluxo génico entre as espécies.
População:
Uma população pode ser definida por um grupo de organismos da mesma espécie que coexistem em determinado período de tempo. Assim, se tem várias populações de animais, plantas, fungos, algas, protozoários e bactérias. Essa área pode ser a distribuição normal desses seres ou algum número escolhido por um pesquisador que tem como objeto de estudo aquele grupo.
O tamanho da população pode mudar, diminuindo ou aumentando. Fica menor em consequência de mortes e migrações e maior por nascimentos e imigrações. Não tem crescimento contínuo e/Ou ilimitado, tudo está ligado a quantidade de recursos para determinada espécie. Por exemplo, uma espécie de herbívoros sem predadores no local, se houver um crescimento desenfreado acontecerá uma escassez de alimento. Um crescimento contínuo também pode dificultar a reprodução e reduzir área em que eles vivem. Esses fatores são barreiras naturais necessárias para impedir o crescimento além da capacidade.
Fontes:
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